Fahrenheit 451

Fahrenheit 451 é um livro escrito em 1953 por Ray Bradbury e que foi transformado em filme em 1966. Utilizando a ficção científica, o autor descreve um mundo futurista comandado por um Estado Totalitário onde os livros são proibidos. As obras ainda intactas são procuradas e queimadas pelos bombeiros. O nome Fahrenheit 451, aliás, se refere à temperatura que os livros atingem quando são queimados.

Em uma passagem do livro, os comandantes dos bombeiros justificam o porquê das obras serem destruídas. Para eles, as pessoas ficavam tristes quando liam, pois não conseguiam atingir a felicidade dos personagens dos livros na vida real.

Assim, a sociedade caracterizada em Fahrenheit 451 é apática e vive rodeada por aparelhos eletrônicos, como televisões, portas automáticas e carros superpotentes. Com esses elementos, Ray Bradbury faz uma crítica ao que hoje presenciamos, mesmo que em pequena escala: a vida mediada por computadores, aparelhos de MP3 e televisão – que afasta as pessoas.

Uma das personagens, por exemplo, prefere conviver e conversar com a sua “família virtual” da tela da televisão do que saber da vida do marido ou lembrar de como eles se conheceram. Isso se assemelha muito ao fenômeno do Programa Televisivo Big Brother Brasil e da proximidade que alguns telespectadores têm com os personagens montados pelo programa.

Fahrenheit 451 trata das futilidades do mundo e de como estas acabam por afastar as pessoas e torná-las, de algum jeito, mecânicas. Por isso mesmo, apesar de ser década de 1950, o livro mantém-se atual.

Natália Flores – nataliflores@gmail.com
5º semestre/jornalismo
8/7/2008


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