Projeto da Odontologia proporciona saúde bucal a catadores de Santa Maria Os catadores do projeto têm atendimento odontológico gratuito.
Foto: Divulgação
Desde 2005, o Projeto ‘Catando Cidadania com Saúde Bucal’ atende catadores envolvidos no projeto da Casa de Cultura ‘Catando Cidadania’. Os atendimentos são feitos por alunos do curso da Odontologia da UFSM e acontecem todas as sextas-feiras à tarde, no prédio da antiga reitoria.
A coordenadora Beatriz Unfer conta que o grande problema do projeto é sua manutenção, já que os recursos são poucos. Há também bastantes casos de catadores que envolvem colocação de prótese dentária, o que é muito caro.
Os recursos para o Projeto vêm da Pró-Reitoria de Extensão. Segundo Beatriz, o dinheiro adquirido pela Fundação de Incentivo à Extensão (Fiex) está condicionado à existência de um bolsista. Assim, boa parcela do valor vai para o aluno e pouco fica para custear o projeto em si. “A gente sabe que material odontológico não é barato, tem um custo relativamente alto. Então, ainda estamos com uma certa dificuldade para que esse projeto ande”, conta ela.
Atualmente, os atendimentos do Projeto têm cerca de 30 alunos de Odontologia da UFSM envolvidos. Eles são de diferentes semestres e, muitas vezes, aprendem, na clínica, o que se vê pouco em sala de aula. “Tivemos a experiência de presenciar situações que são passadas meio que ‘em branco’ nas disciplinas, ou muito rapidamente”, lembra Beatriz.
A professora conta, por exemplo, de uma situação em que um dos pacientes estava com hepatite. Depois de reencaminharem ele para fazer alguns exames, o caso foi discutido em grupos de estudo. A partir disso, surgiram alguns questionamentos sobre a biossegurança que se deve ter em consultórios. Um grupo de alunos foi buscar informações no Hospital Universitário sobre encaminhamentos necessários quando acontecem acidentes. Assim, foi montado um roteiro de como se deve agir quando ocorrem esses acidentes.
Beatriz reforça que o objetivo do projeto “não é só o ‘atender’. É aproveitar as situações que se apresentam e discuti-las para aprofundar o conhecimento entre os alunos”. Por ter essa característica, a professora nomeia a clínica como integrada e ainda fala que os conhecimentos adquiridos nos atendimentos não se restringem aos técnicos. “Acredito que os alunos tenham aprendido bastante sobre as relações humanas, principalmente, não só na questão do aprendizado odontológico”.
Beatriz afirma que o vínculo criado com o grupo dos catadores é grande. “É um vínculo de amizade, de solidariedade, muito forte que a gente criou com eles. Existe um prazer enorme em trabalhar com esta população”.
As oficinas criadas
Natália Flores - nataliflores@gmail.com
5º semestre/jornalismo
15/7/2008
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