Projeto da Farmácia auxilia moradores da Vila Maringá O projeto recolhe até 18 amostras por semana
Foto: Diogo Figueiredo
Integrar a Universidade ao seu meio, identificando problemas e transformando a comunidade: este é o objetivo do projeto "Facilitando o Acesso a Exames Laboratoriais: Um Atendimento à População Carente da Vila Maringá”. O projeto, que funciona desde 2005, faz parte do programa “Melhoria na qualidade de atenção à saúde pública e na formação acadêmica”, e faz análises biológicas, com a participação de professores, alunos e funcionários.
O trabalho surgiu com a iniciativa do professor do curso de Farmácia, José Edson Paz da Silva, que notou uma necessidade particular da Vila Maringá. A comunidade pobre, de seis mil habitantes, tinha dificuldades na área da saúde. A unidade do Programa Saúde da Família (PSF), que funciona no local desde 2004, apresentava carências que precisavam ser supridas.
Como o PSF não realiza exames laboratoriais, os pacientes tinham que procurar uma clínica em outra região da cidade, o que muitas vezes não acontecia. “Os pacientes tinham de se deslocar até o Centro, ou ir às quintas-feiras na Vila São José, que é longe para ir a pé. Como eles não tinham condições, não iam fazer exames. E os médicos reclamavam que o retorno das consultas era baixo”, conta José Edson.
A falta de acesso aos exames ocasionava deficiências no tratamento. Sem os resultados das análises clínicas, os médicos do PSF não sabiam dos eventuais problemas de seus pacientes e, conseqüentemente, não podiam tratá-los.
Mas a equipe da UFSM também passou por dificuldades no começo dos trabalhos na Vila. Para começar o projeto, a equipe inicial usava recursos próprios e de outros projetos:
“Nós nos deparamos com os custos. Esse projeto passou a fazer parte de projetos do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que têm verbas pequenas. Então fizemos um programa de extensão, que tem um pouco mais de recurso. Inclusive eu usava meu carro para levar os alunos no PSF”.
Em 2007 o programa foi oficializado. Hoje a coordenação do projeto é da professora Marinês Calegari Lavall, que avalia o programa positivamente: “Deu certo. Realizamos exames bioquímicos, hematológicos, de glicose, colesterol, imunológicos, de PSA (que serve para diagnosticar câncer de próstata), além de exames preventivos e de diagnóstico”.
As coletas são realizadas semanalmente. Todas as quartas-feiras, membros do projeto devolvem as amostras da semana anterior e fazem novas coletas - de sangue, urina e fezes. Somente no ano passado foram realizados 2195 exames.
A equipe do projeto conta hoje com 15 participantes, mas varia bastante. Alguns participantes trabalham provisoriamente, como professores substitutos e os alunos estagiários, que fazem o trabalho durante o nono semestre do curso.
Mas, para o professor José Edson, o projeto está consolidado. “A satisfação dos pacientes é tão grande que eles nem procuram outras unidades para fazer a coleta. Eles só querem esperar pela quarta-feira para serem agendados por nós”.
Diogo Figueiredo – diogorf@gmail.com
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