Um santa-mariense na CBF

Anderson faz parte do quadro de árbitros principais da CBF.
Foto: Divulgação

Um amante do futebol desde criança. Assim pode-se definir Anderson Daronco, o primeiro santa-mariense a fazer parte do quadro de árbitros principais da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O árbitro, de 27 anos, formou-se em Educação Física pela UFSM em 2002.

A infância no Bairro Itararé, onde os pais moram até hoje, é lembrada com carinho.

“Desde essa época já era apaixonado por futebol, passava os dias inteiros jogando futebol na vizinhança, num campinho irregular e com pouca grama, de segunda à segunda. Infelizmente essa prática acabou, pois todos os amigos foram seguindo seus rumos, e aos poucos aqueles "joguinhos" típicos de bairro foram acabando.”

Ingressou na Universidade em 1998. Já em 1999 fez o curso da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e logo em seguida começou a trabalhar como assistente em jogos amadores, competições de categorias de base, com a intenção de ganhar experiência.

“No ano de 2003 apitei meu primeiro jogo pela FGF, na categoria juvenil, em Candelária. Já havia trabalhado em jogos da FGF antes, mas na função de assistente. Em 2004, fiz a estréia em jogos profissionais, na segunda divisão, na cidade de Pelotas, (no jogo) entre Farroupilha e Guarany de Bagé.”

Passou os anos de 2004, 2005 e 2006 atuando em jogos da segunda divisão do Campeonato Gaúcho. Foi em 2006 que, apitando um torneio juvenil em Santiago, foi observado por integrantes da comissão estadual de arbitragem. Destacou-se no torneio e recebeu outras propostas para mostrar mais do seu trabalho para avaliação da comissão. Foi muito bem aceito e, como reconhecimento do trabalho, foi escalado para a arbitragem da série A do Gauchão de 2007, apitando o jogo de abertura da competição, entre Internacional e Novo Hamburgo.

“Acabei tendo um bom ano, o que me levou novamente a apitar a abertura do Gauchão em 2008, num jogo entre Grêmio x 15 de novembro. Novamente fiz um bom campeonato, o que acabou rendendo a indicação pro quadro de árbitros da CBF.” Agora, Anderson pode atuar em qualquer competição organizada pela CBF, entre elas as séries A, B e C do Campeonato Brasileiro e também a Copa do Brasil.

Anderson continua morando em Santa Maria. Gosta bastante da cidade e diz só ter a agradecer o apoio que recebeu aqui para alcançar esta etapa na sua carreira. Nas horas vagas, o árbitro não abandona o futebol. Gosta de entrar em campo, mas daí fazendo parte de alguma equipe, sem apitos ou cartões nos bolsos.

As mudanças e os planos

O futebol brasileiro para Daronco: craques, investimentos, evolução

Claudia Lawisch – claudia_lawisch@yahoo.com.br
5º semestre/jornalismo
8/7/2008

Edições Anteriores