Diversidade Sanitária

Almoxarifado Central estoca a maioria do material usado nos sanitários da UFSM.
Foto: Diogo Figueiredo

Fundamentais no dia-a-dia, mas quase sempre esquecidos. Pudera, tudo o que é feito nas instalações sanitárias tem efêmera duração, e vai logo para o ralo. Presentes até mesmo nas milenares pirâmides egípcias, os banheiros dividem opiniões. O InfoCampus foi à rua para saber o que os acadêmicos pensam sobre os banheiros da UFSM.

No prédio 74, do Centro de Ciências Sociais e Humanas do Campus (CCSH), os banheiros são divididos. No terceiro andar, dos quatro banheiros para uso comum, metade foi chaveado. Eles são para uso de funcionários e professores. “A gente limpa e já estão pisoteando, sujando. No dos alunos não tem papel higiênico. Se a gente coloca, levam embora”, diz a funcionária Simone Coelho. Os banheiros visitados estavam limpos, mas realmente faltavam produtos de higiene. De acordo com Simone, que trabalha no prédio há um ano, o uso de cartazes para conscientizar os usuários não surtiu efeito. Já o acadêmico de História Davi Martins tem outra opinião sobre os banheiros do prédio. “Acho os banheiros daqui excelentes. Na Casa de Estudante é horrível”, conta.

No prédio 21, os banheiros também são divididos. No último andar, onde está localizada a coordenação do curso de Comunicação Social, o banheiro é limpo. Tem sabonete e papel higiênico. No andar inferior, relegado aos alunos, está um banheiro desprovido de qualquer suprimento. Dos três boxes existentes no banheiro masculino, um está inutilizado.

Os alunos do Centro de Ciências Rurais (CCR) estão mais satisfeitos com suas instalações sanitárias, como o acadêmico de Agronomia Paulo Segatto: “não posso me queixar, tem até papel higiênico. Dos que eu freqüentei, é o mais limpo.”

A falta de papel é uma questão que já deixou alunos em maus lençóis. Um aluno da Química, que não quis se identificar, contou que, para suprir a falta do material, já teve que pegar mais guardanapo ao se servir no Restaurante Universitário (RU). Cássia da Silva, estudante de Farmácia, também concorda com a falta de infra-estrutura dos prédios Básicos (17, 18, 19 e 20). “Os do Centro de Ciências da Saúde (CCS) são um pouco melhores, mas os daqui são ruins mesmo”, diz.

Com pichações, cartazes, inscrições e stencils pelas paredes e fotos, os banheiros do Centro de Artes e Letras têm um aspecto diferente dos outros da UFSM. O visual lembra a capa do famoso Beggars Banquet, dos Rolling Stones, mas naturalmente mais limpo. Pedro Félix, acadêmico de Música Bacharelado, está satisfeito com as instalações, mas acha que “fica sujo muito rápido”.

No prédio da Administração Central, a situação dos banheiros é bem melhor. Apesar da idade do prédio, de 1974, as instalações são boas. Há papel higiênico, sabonete líquido e papel toalha nos quase 50 banheiros da construção. Em alguns deles, há até inusitados chuveiros.

Novos ou velhos, limpos ou sujos, depois de cada descarga ou abertura de torneira, o destino é o mesmo. Cada prédio da UFSM possui uma fossa filtro, que seleciona a maior parte dos resíduos sólidos. Depois da filtragem, o restante vai para a Lagoa do Ouro. Essa região de Camobi ainda não possui Central de Tratamento.


Diogo Figueiredo - diogorf@gmail.com
5° semestre/jornalismo
8/7/2008

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