Necessidade de um computador se transforma em desafio para alunos da UFSM  Para muitos estudantes, o Labinfo é a única forma de utilizar um computador.
Foto: Divulgação
De repente, a tela escurece e o computador desliga. Minutos depois, a máquina liga novamente, mas na tela aparece um arquivo que não é o que você estava digitando e seu trabalho ressurge na tela ao lado.
O que parece um acontecimento sobrenatural, na verdade é um procedimento comum no Laboratório de Informática (Labinfo) da União Universitária, coordenado pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, que também é responsável pelo Labinfo do Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH), na Antiga Reitoria.
Na tarde de quinta-feira (24), dos 25 computadores, 13 não estavam funcionando. Os números variam, de acordo com disponibilidade dos bolsistas do curso de Informática - quando o problema é técnico -, com as páginas eletrônicas acessadas pelos usuários ou simplesmente do computador. “Às vezes eles se arrumam sozinhos”, afirma o acadêmico de Educação Física Carlos Alberto, um dos estagiários do laboratório.
Os problemas citados por Carlos Alberto vão além. Alguns mouses e teclados não funcionam direito e a sala não possui ar condicionado, o que no verão a torna tão quente a ponto de queimar estabilizadores por causa da temperatura. Além disso, em alguns horários formam-se filas, principalmente quando há aulas no Labinfo. Neste caso, apenas sete computadores, se todos estiverem funcionando, são disponibilizados aos demais alunos.
Enquanto aguardava um computador vagar, a estudante de filosofia Karen Monique Backes confessou que já perdeu trabalhos e muitas vezes desistiu da tarefa por causa da lentidão do sistema. “Já passei muito sufoco”, afirma, mas continua utilizando o laboratório, por ser o único local onde pode acessar a internet e utilizar o computador.
Os gráficos disponibilizados pelo diretor do Centro de Processamento de Dados (CPD) da UFSM, Fernando Bordin da Rocha, mostram que oficialmente a Universidade só ficou sem internet no mês de maio por 4 minutos e 55 segundos, mas a queda na conexão e a lentidão no sistema dos Labinfo são diárias, o que significa que o maior problema não está no acesso à internet.
De acordo com o Diretor da Divisão de Redes do CPD, Jairo Bolzan, quase todos os centros da UFSM possuem laboratório próprio de informática, mas são os Labinfo, da União Universitária e da antiga reitoria, que apresentam os maiores problemas, explicados principalmente pelo sistema utilizado, chamado Ex Expanion. Nele, apenas um computador repassa as informações para outras quatro telas, mouses e teclados.
“Este sistema é para programas ligths, digamos assim, como editores de texto. Mas quando os alunos abrem muitas páginas da internet e programas como Corel, sobrecarrega e por isso ocorrem os problemas”, explica Bolzan, afinal é apenas um computador. Por isso, as páginas e arquivos podem abrir em outras telas.
Na época em que foi instalado, há cerca de três anos, o Ex Expanion era uma novidade no mercado e, além disso, mais barato em relação a outros. Porém, segundo Bolzan, hoje, com o barateamento dos equipamentos, não haveria muita diferença de custos entre instalar o sistema ou comprar vários computadores. Esbarra-se, então, na necessidade de recursos financeiros.
Enquanto isso, Karen e os outros alunos que necessitam dos laboratórios continuam procurando horários estratégicos em que não há filas de espera, aulas ou, ainda, treinam a paciência.
Informática na UFSM
Géssica Valentini - gessicavalentini@yahoo.com.br
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