Projetos aliam geração de conhecimento e responsabilidade ambiental

Sustentatibilidade ambiental. Não é de hoje que a professora da UFSM Marta Tocchetto e o Laboratório de Química Industrial pesquisam sobre o tema. Ao mesmo tempo, o debate nunca esteve tão atual. A lista de projetos, pesquisas, artigos de seu currículo é um emaranhado de preocupações ambientais e sua contribuição vai além das páginas de resultados disponíveis nas bibliotecas.

Criar espaços para a discussão de temas ambientais na rede mundial de computadores é um de seus principais objetivos. Para tanto, sua metodologia de ensino baseia-se em não gerar papel, mas informação. “Em lugares pequenos não se difunde informação, e normalmente trabalhos ricos ficam em sala de aula. Minha proposta é que os alunos contextualizem os assuntos de aula com o cotidiano, entendam como aquilo se aplica no mundo real e ao mesmo tempo com sustentabilidade ambiental, sem a geração de papel.”

A alternativa criada pela professora para difundir os temas trabalhados em aula foi criar um Fórum de Discussão, financiado pelo Programa Bolsas de Licenciatura (Prolicen). Na opinião da professora, o Fórum também incentiva a interatividade dentro da sala de aula e dinamiza as relações entre professor e aluno, além de diversas outras vantagens.

O sucesso do primeiro Fórum, feito em 2005, garantiu o “Prêmio Copesul (www.copesul.com.br) Responsabilidade Social” de melhor trabalho na área de Educação Ambiental - Inclusão Social. O prêmio foi recebido durante o V Simpósio Internacional de Qualidade Ambiental (Porto Alegre – RS de 22 a 24 de maio de 2006).

Também com o objetivo de propagar conhecimento através da internet, foi aprovada em 2007, pelo Fundo de Incentivo à Extensão (FIEX), a criação de um livro virtual. O “e-book: Ser Sustentável” foi orientado por Marta e executado pela acadêmicas, Graciela Lopes Tocchetto, de Desenho Industrial, e Creice Redin Brixner, de Química Industrial.

Segundo elas, é possível conciliar desenvolvimento e o crescimento econômico com conservação ambiental. Como consumidores podemos questionar a real necessidade de compra de um produto, a ‘gratuidade’ de embalagens, as prioridades nos investimentos públicos e a forma de produção. “Enquanto nossa visão for distanciada do “ser sustentável” continuaremos sendo atores e platéia de um espetáculo catastrófico, cujo final é a destruição da vida, não mais fruto da imaginação cinematográfica de diretores de filmes de ficção científica”.

Outros projetos e iniciativas podem ser encontradas na página pessoal da professora Marta Tocchetto.

Géssica Valentini – gessicavalentini@yahoo.com.br
7° semestre/jornalismo
10/6/2008

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