Projeto Antártico Brasileiro é divulgado pela UFSM Wilson Severo da Rosa é secretário executivo do Núcleo Antártica há 10 anos.
Foto: Piero Pedrazza
O bem humorado administrador Wilson Severo da Rosa é servidor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)(www.ufsm.br) há 28 anos. Ele trabalhou como secretário executivo do departamento didático do Centro de Educação Física e Desporto (CEFD) por dezoito anos e está no Núcleo Antártico nos últimos 10. O Núcleo Antártico da UFSM é o único do Brasil e tem como objetivo divulgar o Programa Antártico Brasileiro (PAB) e as pesquisas que lá são realizadas.
Wilson recebe uma média de quatro turmas de 60 alunos por dia. Assim que chegam, os visitantes são encaminhados a um auditório onde assistem a um vídeo e a uma palestra - normalmente ministrada por ele mesmo. Depois disso, podem finalmente conhecer o museu, que conta com sete mapas, 229 fotografias, 71 selos e cerca de 400 páginas impressas de texto, entre outros itens.
O sorriso de Wilson não se desfaz nem quando fala de assuntos sérios, como a importância do continente Antártico para a humanidade. Ele comenta que “pesquisadores dizem que entre 70% e 90% por cento da água doce do planeta está concentrada em cima do estrato rochoso do continente antártico”. Wilson acredita ser essa a água que os netos desta geração beberão, e sua única dúvida é o modo em que ela chegará às torneiras do mundo inteiro.
Wilson já recebeu visitantes de todo o Brasil e de outros países, como Argentina, Paraguai e Uruguai, palestrando em ‘Portunhol’. Ele também já viajou para Universidades de vários estados de todas as regiões brasileiras divulgando o PAB. Em uma dessas viagens, chegou a permanecer durante sessenta dias no museu da Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Causa espanto a Wilson o fato de que, conforme ele, “muita gente, por incrível que possa parecer, até mesmo de nível superior, acha que a Antártica é um monte de gelo que fica flutuando em cima da água, e, na verdade, é um continente igual aos outros, um continente estático e fixo. A grande diferença é que, ao invés de ter grandes quantidades de terras e cidades, existe uma camada de gelo e neve em cima do estrato rochoso. E outra coisa que deixa as pessoas pasmas é o tamanho do continente Antártico que regula com o da América do Sul.”.
Segundo Wilson, “as portas do Núcleo estão abertas e é sempre um prazer receber quaisquer alunos e professores de nossa instituição, assim como seus familiares e convidados”. Ele também aponta que os visitantes saem de lá “sem falsa modéstia, encantados com o que ouvem, conhecem e vêem”. O Núcleo fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30mim às 11h30mim e das 13h30mim às 17h30mim, no prédio 19.
Piero Pedrazza – piero@itake.net.br
5º semestre/jornalismo
1º/7/2008
Edições Anteriores
Everaldo, recepcionista quebra-galho da União
Leodi: “doutora” no ensino de pacientes do HUSM
Motorista Sérgio Rocha: milhares de quilômetros e muitas histórias
Dona Estela, a vovó talento
Quando o trabalho incomum se torna um hábito
Luís Francisco: entre a Biblioteca e o cuidado com os peixes
Vanderlei, para além das mãos
Da técnica à arte, com Renato Molina
|