Levando arte e carinho ao Centro de Apoio à Criança com Câncer

Trabalho é desenvolvido com o uso de diferentes materiais.
Foto: Divulgação

Proporcionar o contato com o mundo artístico, permitindo momentos de descontração e interação com as crianças. É esse o trabalho realizado pelo projeto “Brincando e Fazendo Arte na Casa da Criança com Câncer”.

O projeto, que está em seu terceiro ano, é desenvolvido com as crianças hospedadas no Centro de Apoio à Criança com Câncer de Santa Maria. A cada ano, um acadêmico bolsista fica responsável pelo trabalho. Os bolsistas vão uma vez por semana ao local realizar atividades que integram a teoria e a prática artística.

O coordenador do projeto, e professor do curso de Artes Visuais da UFSM, Ayrton Corrêa, conta que eles usam diferentes materiais e técnicas como desenho, pintura, colagem, além de recursos de som e imagem para ensinar às crianças o que é arte.

Segundo o professor, o trabalho não é feito apenas indicando desenhos a serem realizados. “Tem todo um trabalho de interação com a criança. As bolsistas conversam com elas, consultam o que gostariam de fazer. O ensino de arte não é mais aquele de impor. As crianças fazem o que elas sentem, o que elas querem”.

Além de proporcionar o contato com a arte, o projeto também busca estimular a interação e a socialização entre as crianças. A troca de idéias e experiências entre elas é importante principalmente devido ao período da vida em que se encontram. Enquanto a maior parte das crianças de sua idade está indo à escola ou brincando, elas estão isoladas desse mundo devido ao tratamento hospitalar. A mestranda em Educação Angélica Tasquetto, que foi bolsista do projeto em 2007, considera que “a arte proporciona uma reaproximação com o mundo e com as vivências deixadas do lado de fora”.

O professor Ayrton Corrêa comenta que o trabalho desenvolvido pelas bolsistas traz também momentos de abstração. “Quando fazemos arte nos envolvemos tanto que esquecemos de tudo o que está acontecendo ao redor, e com a criança é mais ainda, a criança se envolve muito”.

Este ano, quem está realizando o trabalho no Centro é a mestranda em Artes Visuais Juzelia de Moraes Silveira. Ela conta que às vezes tem dificuldades no andamento da proposta porque em muitas ocasiões não há crianças nos dias em que vai ao Centro, às sextas-feiras. É um dia desfavorável porque, como as crianças geralmente são de cidades do interior, é quando elas voltam para casa.

Mesmo com as dificuldades, Juzelia afirma que o projeto traz muitos resultados positivos. “É uma questão de carência, de dar atenção. A gente trabalha com a arte, mas, sobretudo tem uma atenção especial, um carinho especial, em saber ouvir, em saber observar o desenho que eles estão produzindo”.

Angélica relata que a experiência que teve no Centro foi única: “poder trabalhar e conhecer um pouco da realidade daquele espaço que está tão próximo, mas ao mesmo tempo tão distante de nós, foi sem dúvida muito gratificante”.

Letícia de la Rue – leticia_rue@yahoo.com.br
5º semestre/jornalismo
8/7/2008


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