A diversão ajudando a aprender

Crianças assistem à peça de teatro na Escola Tancredo Neves
Foto: Cibelli Fogliato

O projeto Saúde Pública nas Escolas, realizado pelo 8º semestre do curso de Medicina Veterinária da UFSM, leva informações sobre problemas de saúde pública para alunos de escolas do Ensino Fundamental de Santa Maria. Os futuros veterinários utilizam formas divertidas, como o teatro, para atrair a atenção das crianças.

Segundo o professor Eduardo Furtado Flores, a idéia do projeto partiu dos próprios acadêmicos. No princípio, as apresentações eram feitas em sala de aula, como uma forma diferente de apresentar o conteúdo. Em um determinado momento, eles sugeriram levar seus trabalhos para os alunos das escolas, principalmente da periferia.

Os acadêmicos são divididos em quatro grupos de dez a treze integrantes, e cada grupo adota duas escolas. Os temas de saúde pública são escolhidos pelas escolas de acordo com a realidade e as necessidades de sua comunidade, como piolhos e bicho-do-pé. Após saber com qual tema o grupo trabalhará, os acadêmicos decidem uma forma de apresentá-lo e elaboram o texto.

As apresentações ocorrem nas terças e sextas-feiras, durante um mês, e cada grupo tem uma semana para ir às escolas. O número de apresentações depende da infra-estrutura do local. Nas escolas que não possuem auditório ou salas grandes, são realizadas várias apresentações para atender a todos os alunos.

A renovação é constante, pois o projeto é vinculado a uma atividade didática da disciplina de Saúde Pública Veterinária. A cada semestre é uma turma nova, que cria novas formas de interagir com o público. Peças de teatro, fantoches e encenações de novelas são exemplos de atividades que já foram desenvolvidas pelos grupos.

O formato divertido das apresentações permite que os alunos das escolas não esqueçam as informações recebidas. O coordenador do projeto, Eduardo Flores, conta que muitas crianças lembram das encenações mesmo após quatro ou cinco anos. Para a acadêmica Paula Martins, a participação no projeto é muito gratificante, porque o estudante sente que está “fazendo alguma coisa útil para as crianças”.

O professor Flores diz que o projeto é uma forma de interagir com a comunidade e retribuir à sociedade que mantém a Universidade. Ele também ressalta que é “uma forma dos alunos exercitarem a função de saúde pública que muitos deles vão fazer depois de formados”. Flores reconhece que é impossível modificar a realidade do dia para a noite, mas que é através de iniciativas como essa que podemos mudar gradativamente a relação da sociedade com esse tipo de doença.

As escolas que quiserem contatar o projeto Saúde Pública nas Escolas podem procurar o professor Eduardo Flores através do telefone 3220-8055.


Cibelli Fogliato – bibelfog@gmail.com
5º semestre/jornalismo
10/6/2008




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