A inclusão como fator de desenvolvimentoA história da inclusão de deficientes físicos, visuais, auditivos em práticas educacionais no país é recente. Ela remete ao ano de 1929, quando a russa Helena Antipoff desenvolveu os primeiros trabalhos.
O tempo passou, mas a batalha continua difícil, pois ainda é o governo que mais investe na área. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – Inep -, 87% das escolas que atendem pessoas com alguma deficiência são públicas e apenas 13% são privadas.
Outro fator importante é a inexistência da Educação Especial em áreas rurais, o que faz com que as famílias de alunos especiais migrem para a cidade. Em relação aos professores que atuam na área de Educação Especial, também não temos notícias estimulantes, pois a média de salário recebida pelos educadores é semelhante ao ensino convencional. Cerca de R$ 600,00 no setor público e R$ 1.000,00 nas escolas privadas. Isto desestimula o ingresso de novos profissionais na área, já que ele terá que ter formação específica, disponível em poucas universidades.
Considerando tudo isso, quando há um projeto de inclusão de portadores de necessidades especiais na nossa Universidade e na prática da dança, o que é mais um desafio, devemos nos orgulhar, pois sabemos que mesmo com um grande debate sobre a inclusão de deficientes na educação básica, reconhecemos que ainda há contextos não favoráveis a esta prática. Como futuros jornalistas, temos o compromisso de apresentar as informações que denunciem a deficiência na área educacional, para que assim possamos contribuir para uma sociedade mais igualitária e justa aos cidadãos, não importando as necessidades que possuam.
Esta luta continua e não apenas nas escolas, mas em todos os espaços públicos que um portador de necessidade especial pode percorrer, pois para nós é fácil andar por essas calçadas tortas e mal planejadas, escadas estreitas, ter acesso aos ônibus e aos órgãos públicos.
Pense nisso!
Edilce Brum - edilcebrum@yahoo.com.br
7° semestre/jornalismo
6/5/2008
Memória
Confira o editorial da edição de 29 de abril
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