Rótulos e estereótipos. Mas só de segunda a sexta.

Ninguém gosta de ser estereotipado. Eu também não gosto. Mas costumo escutar coisas dos colegas e afins sobre o meu jeito de falar, de andar, de vestir. Assim como todo mundo. Neste conceito, o InfoCampus desta semana, através da seção Unidiversidade, apresenta os rótulos dos alunos de cada centro.

A UFSM é uma diversidade de estereótipos. Em cada centro, eles variam: os nerds, os tradicionalistas, os alternativos, etc. Para passar o tempo, quando eu pego o ônibus da linha centro-Universidade, fico imaginando em que paradas as pessoas vão descer. Normalmente acerto.

Primeira parada: o CT. Sei que ali vão descer alguns homens, pasta embaixo do braço, de cabeça baixa com cara de quem está pensando na dificuldade da aula que está para enfrentar. Às vezes, não se disfarça o jeitão de nerd.

Segunda parada: em frente ao HUSM. Ali, as pastas entregam: letras garrafais nas bolsas que gritam Medicina e estudantes orgulhosos de terem passado no curso mais disputado da UFSM! Saltos altos, roupas brancas e cabeça erguida entregam os estudantes do CCS.
Ali também descem os estudantes do CCNE e do CE, os mais difíceis de serem identificados. Não se consegue distingui-los por seu estilo. Normalmente, você só vai conseguir identificá-los se escutar as conversas sobre educação, ensino, estratégias e dificuldades.

Terceira parada: o CAL! Estes sim, os mais fáceis de serem identificados. Roupas coloridas ou muito pretas. Cabelos rosas, verdes, azuis, vermelhos, coloridos. Pastas enormes, caixas ou barras de isopor nas mãos. Estão separados do mundo medíocre ao seu redor por um fone de ouvido e não se importam que alguns olhares maldosos recaiam sempre neles. É a parada da personalidade forte!

Quarta parada: o CCR. Outras pessoas fáceis de serem identificadas. Bombachas, botas, palas, alpargatas, ‘mateiras’, gritos. Quando tem mais de dois estudantes do centro juntos, o ônibus vira um galpão: com gritos e risadas altas. Quase tão altas quanto o barulho que fazem para divulgar suas constantes festas...

Quinta parada: o CCSH. É onde nós, do InfoCampus, descemos. São pessoas diferentes. Mas não são diferentes do resto da Universidade. São diferentes entre si. O Centro abriga alunos de todos os estilos: nerds, bitolados, hippies, pattys, alternativos, gaudérios, novos, velhos. Você reconhece as pessoas deste centro por uma coisa em comum: bottons e adesivos nas pastas. Mas estes não são sempre iguais. Partidos políticos diferentes, chapas diferentes, Che Guevara, Fidel, bandeiras... Os estudantes deste Centro adoram exibir suas idéias e ideais.

Última parada: o CEFD. São reconhecidos pelos abrigos. Calças de tactel, tênis, moletons, mochilas grandes, etc. Como não podia deixar de ser, são os esportistas da Universidade. Adoram todos os esportes possíveis e promovem seus hábitos saudáveis.

No ônibus não é difícil reconhecer os estereótipos de cada centro. Ninguém pode negar: alguma vez já olhou para a pessoa ao lado e pensou que “esse daí só pode ser do centro tal”. Mas tem um porém: os centros nos diferenciam. Mas no DCE, na Ballare, no Absinto, somos todos iguais e buscamos a mesma coisa: o alívio do fim de semana...

Vanessa Beltrame – vanessa_beltrame@yahoo.com.br
5º semestre/jornalismo
1/7/2008

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