Projeto do CEFD promove inclusão social através da dança

Apresentação do grupo de dança sobre rodas do projeto “Dançando com as Diferenças”.
Foto: Divulgação

Incluir portadores de necessidades especiais nas atividades de dança. Com este simples objetivo uma acadêmica de fisioterapia ajudou a melhorar a qualidade de vida de dezenas de cadeirantes de nossa comunidade.

Inspirada em uma pesquisa sobre a Companhia de Dança Roda Viva, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a estudante, que também era bailarina, propôs adaptar a idéia potiguar para a realidade santa-mariense. Desde 2001, o projeto “Dançando com as Diferenças” trabalha as habilidades físicas dos cadeirantes através dos diferentes estilos de dança.

Coordenado pela professora do Centro de Educação Física e Desportos da UFSM, Mara Rubia Antunes, o projeto é multidisciplinar. Com isso, estão envolvidas acadêmicas dos cursos de fisioterapia, educação física, educação especial, psicologia e pedagogia. Elas monitoram, paralelamente ao “Dançando com as Diferenças”, o grupo de dança sobre rodas “Extremus”, que apresenta as coreografias ensaiadas nos mais diferentes eventos.

Para a professora Mara Rubia, a principal questão do projeto é a inclusão social e o sentimento de capacidade que a vivência da dança proporciona aos cadeirantes.

Atualmente, cinco meninas e dois meninos, de oito a vinte anos, participam dos encontros, que acontecem nas tardes de sábado. Durante duas horas, esses jovens portadores de necessidades físicas especiais se expressam através da dança, monitorados pelas acadêmicas da UFSM.

Segundo a professora coordenadora do projeto, todos os bailarinos cadeirantes são levados até a UFSM e, depois do término do encontro, até as suas casas. Para isso, o projeto conta com um meio de transporte fornecido pela Pró-Reitoria de Extensão da UFSM. Porém, a professora Mara Rubia ressalta que qualquer pessoa que dispor de um meio para transportar os participantes e tiver interesse em colaborar com o projeto pode procurá-la no CEFD.

A melhoria na qualidade de vida, contudo, não é só dos cadeirantes. A professora de educação física Taiana Bianchini participou do “Dançando com as Diferenças” enquanto estudava na UFSM.

Segundo ela, participar do projeto a fez sentir uma enorme gratificação, tanto profissional, como pessoal. “O aprendizado constante e saber que você está possibilitando uma melhor qualidade de vida (englobando não somente a parte física e motora, como a social e cognitiva) para essas pessoas, através da dança e das atividades desenvolvidas, com certeza me fez ver a vida por um outro ângulo, valorizando cada minuto as coisas que eu tenho e respeitando sempre as diferenças entre as pessoas”, disse a professora.

Vanessa Beltrame – vanessa_beltrame@yahoo.com.br
5º semestre/jornalismo
6/5/2008

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