Histórias de uma parada de ônibus  O cenário rotineiro da espera transformado em ‘ócio produtivo’.
Foto: Jorge Japur
A distância entre a UFSM e a região central de Santa Maria é de aproximadamente 14 quilômetros. Para quem não tem carro ou motocicleta - e também não deseja caminhar - o transporte coletivo é a alternativa para ir e voltar da Universidade. O serviço é fundamental, principalmente, para as pessoas que vivem em lugares ainda mais distantes, como no bairro Tancredo Neves.
Nesse aspecto, esperar pelo ônibus é algo que faz parte da rotina das pessoas que têm vínculo com a UFSM. Normalmente, é considerada uma atividade improdutiva, caracterizada por momentos de ócio, e também por queixas sobre o serviço prestado (às vezes infundadas; outras vezes concretas).
Segundo estimativa não oficial de fiscais da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), e também de cobradores e motoristas, um ônibus transporta 500 pessoas em média por dia. Se este palpite for próximo da realidade, o número exato de passageiros que vão e voltam da UFSM é grande, já que só na linha Universidade rodam 30 carros por dia. Outras linhas compõem o transporte até a Universidade, a saber: T.Neves/Campus, Circular UFSM, Circular Camobi, Bombeiros e mais o transporte seletivo (os conhecidos ‘Azuizinhos’).
O tempo não é inteiramente desperdiçado, apesar do aparente ócio. Algumas pessoas conversam com colegas, outras lêem, falam nos seus telefones celulares, refletem sobre questões diversas e outros simplesmente observam. A dona Elvira Mainardi, por exemplo, antes das 15h de ontem já esperava o ônibus T.Neves/Campus que só passa às 16h. “Fico olhando o movimento e as pessoas”, afirma dona Elvira.
As recordações não são poucas. É possível fazer uma lista com as observações dos estudantes sobre casos ocorridos nas paradas de ônibus. O InfoCampus entrevistou seis pessoas; algumas delas desejam que seus nomes não sejam veiculados na matéria.
Conheça alguns relatos
Jorge Robespierre Tomás Japur – jorgejapur@yahoo.com.br
5º semestre/jornalismo
3/6/2008
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