Pé na estrada

Airton Trindade divide gasolina para cortar custos na viagem.
Foto: Piero Pedrazza

Para muitos estudantes da UFSM viajar não é apenas sair da cidade. A qualquer momento existe a possibilidade de colocar o pé na estrada para visitar parentes ou amigos. A prática de pedir carona se torna, então, um estilo de vida adotado pelos chamados mochileiros.

Você já viu em trevos ou estradas jovens que usam essa forma alternativa de viajar. Ir até a rodoviária e comprar a passagem de ônibus pode parecer mais simples, porém o gosto pela aventura é o mais importante nesses casos. Para esses estudantes, o que importa é o desafio em deixar de lado a comodidade de um transporte pago e, junto com um amigo, sair da cidade.
Quem pega carona deve lembrar que a viagem depende da disposição de alguém que deixa um desconhecido entrar em seu carro sem cobrar nada. Por isso, as possibilidades são variadas, demoram-se horas para pegar uma carona, algumas não levam diretamente ao destino e se você estiver com muito azar simplesmente não consegue chegar naquele dia.
Para facilitar, a internet possui vários serviços que auxiliam as pessoas que pedem e oferecem carona para diversos lugares, como os sites caroneiros.com e mochileiros.com.

Para quem gosta de se aventurar existem algumas dicas, como utilizar roupas e calçados adequados de acordo com o tempo (o asfalto ganha e perde temperatura muito rapidamente), sair cedo de casa para não correr o risco de ficar na estrada, levar água e alimentação leves, que possam ser consumidas durante a espera. Essas regras importantes, quando seguidas, melhoram o tempo de espera pela carona.

A alternativa para quem possui carro é dividir a gasolina com amigos que morem perto ou na mesma cidade. Essa opção sai bem mais barata se comparada a uma viagem de ônibus e é mais prática do que pedir carona. De acordo com o acadêmico de engenharia mecânica Aírton Luiz Trindade Junior, que regularmente percorre a distância de 330 quilômetros entre Getúlio Vargas e Santa Maria, ao dividir gasolina com apenas um colega, já existe uma economia de R$15,00 na viagem. Aírton, que possui um automóvel Gol modelo BX ano 1983, aponta outras vantagens, como “o tempo, a economia, a comodidade e o fato de parar o carro onde quiser”.

Além destas, ainda existe a alternativa de viajar com excursões, que são bem mais freqüentes nos feriados e datas festivas. Essa também é uma forma mais barata que a convencional. Contudo, como as excursões são quase sempre organizadas por grupos que possuem um interesse comum, é melhor ter cuidado, pois você pode ficar horas ao lado de uma turma que não partilha suas conveniências.

A comodidade e a aventura são fatores que influenciam na hora de escolher a forma de viajar. Porém, as duas devem ser medidas, já que para qualquer viagem que se faça o melhor é planejar para que um final de semana com a família ou amigos não se torne perda de tempo.

Mauricio Sena - mauricio_sena_2@msn.com
5° semestre/jornalismo
25/5/2008

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