HistóriaA construção da rede
A equipe do NVEH valeu-se do conceito de pesquisa-ação para alcançar seus objetivos. Para Thiolent (1987):
“a pesquisa-ação trata-se de um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.”
Num primeiro momento detectou-se que não havia a consciência de um problema coletivo que integrasse todos os serviços de VS. Sendo uma equipe neófita e instituinte e, de modo a respeitar (e aprender com) a experiência dos serviços já instituídos, o NVEH optou pela criação de vínculos intersetoriais.
Segundo Feuerwerker (2000), a unidade básica do vínculo é a relação entre sujeitos e o vínculo se desenvolve em diferentes níveis de complexidade: reconhecimento, conhecimento, colaboração, cooperação e associação. Ou seja, reconhecimento: ver o outro, como par, como interlocutor, com direito a existir e a emitir opiniões; conhecimento: quem é o outro e como ele vê o mundo, o que ele é capaz de fazer e produzir; colaboração: estabelecimento de vínculos de reciprocidade; cooperação: processo mais complexo, implica a existência ou a identificação de um problema comum e uma forma sistemática e estável de atividades; associação: contratos ou acordos e utilização conjunta de recursos.
A etapa do conhecimento e do reconhecimento foi vencida com uma estratégia simples: Por ser influenciado por critérios multifatoriais de ordem tanto técnica quanto subjetiva, por estar dentro da governabilidade do NVEH e pela notificação ser um instrumento comum a todos os serviços de VS do HUSM, o problema da subnotificação foi eleito como ponto inicial de interlocução entre estes serviços e o NVEH.
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