Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar

Hospital Universitário de Santa Maria

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

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Assuntos prioritários: vigilância em saúde, vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância ambiental, violência, controle de infecção hospitalar, saúde do trabalhador e controle do câncer.

07/08/2008

CONTRIBUIÇÕES DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR NA QUALIFICAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA MUNICIPAL

O Ministério da Saúde por meio da Portaria de n º 2.529/GM/ de 23/11/2004 que instituiu o Subsistema de Vigilância Epidemiológica de Âmbito Hospitalar vêm estimulando a implantação e desenvolvimento de Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar - NVEH, como estratégia para detecção precoce de Doenças de Notificação Compulsória - DNC e agravos inusitados a saúde, com objetivo primordial de agilizar o processo de ações de prevenção e controle cabíveis nas diversas situações de saúde.
A presença de um NVEH no âmbito hospital permite que o mesmo gere informações epidemiológicas a partir da própria realidade, garantindo instrumentos gerenciais importantes relativos ao planejamento, organização do trabalho e promoção da eficiência dos mesmos, tanto para o hospital, quanto para a Vigilância Epidemiológica Municipal - VEM, na qual está inserido.
A implantação do NVEH no Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, por meio das atividades realizadas a partir de meados de 2007, tem apresentado reflexos importantes no monitoramento das doenças de interesse da VEMl, por meio do SINAN, observado na ampliação do número de notificações registradas no hospital, bem como na melhoria na qualidade das informações obtidas e na maior agilidade e cuidado no acompanhamento dos pacientes.
Acredita-se que a articulação dos Serviços de Vigilância Epidemiológica Hospitalar e VEM, em suas várias interfaces, possam contribuir no fortalecimento das Vigilâncias em Saúde.

Por Marlice Ceolin Druck – Enfermeira responsável pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria até junho de 2008.

11/06/2008

Vigilância Epidemiológica, VE Hospitalar e Vigilância em saúde

Reconhecidamente importante, a Vigilância Epidemiológica – VE esbarra, historicamente, na subnotificação. Mesmo a compulsoriedade da notificação (definida em lei de 1977 com previsão de multa), não minimiza o problema que não pode ser reduzido à simples resistência individual dos profissionais de saúde. Fatores como demanda massiva, processo de trabalho, quantidade e complexidade das Doenças de Notificação Compulsória - DNC, surtos, diferenças geográficas, DNC de baixa incidência e falta de informação/formação, também devem ser considerados.
A instituição do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, definida através da portaria GM/MS nº 2529, de 23 de novembro de 2004, levou à criação dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalares - NVEH. A VE hospitalar, que antes pesava sobre as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH e dependia da colaboração espontânea dos profissionais de saúde e da fiscalização distante das secretarias municipais de saúde, passou a contar com equipes específicas.
Mas afinal, para que notificar? O que se ganha notificando? O que se perde não notificando? Em um hospital universitário, as respostas para estas perguntas permeiam as produções de saúde (questões assistenciais) e científica (questões acadêmicas), num complexo processo de estruturação administrativa e qualificação profissional.
Distantes do poder da polícia médica alemã (século XVIII) descrita por Foucault, os NVEH necessitam desenvolver novas ferramentas para vencer uma culturalmente justificada resistência ao ato de notificar, somada a uma falta de confiança no resultado do ato de vigiar. Mais do que educar, é preciso engajar, comprometer, criar uma identidade de Vigilância em Saúde – VS que favoreça a VE.
O trabalho em redes tem sido apontado como alternativa para a superação do modelo fragmentado e hierárquico no qual estão baseados muitos dos serviços assistenciais. A noção de rede refere-se a fluxos, circulações, alianças, movimentos com o intuito de disseminar informações entre os seus atores, facilitando a sua própria manutenção. Além disso, as redes estão pautadas no desenvolvimento de ações cooperativas e solidárias de caráter interdisciplinar, que são fundamentais para o sucesso das ações de VS.

Por Carlos André Aita Schmitz - Coordenador de Implantação NVEH - HUSM

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