HistóriaAs oficinas de integração
Foi definida uma programação de quatro oficinas de integração, organizadas pelo NVEH (jul-out/07), entre os serviços de VS e com a participação da direção e de setores de apoio do HUSM. As oficinas contaram com três tempos: Dinâmica de Grupo - DG, Instrumentalização Teórica - IT e Produção Técnica – PT.
A proposta previa um evento conjunto institucional ao final das oficinas (nível de colaboração), a partir do qual seriam iniciadas as relações de cooperação e, finalmente, associação.
O impacto das oficinas
Impacto epidemiológico: em 2006 e 2007, enquanto o município de Santa Maria manteve estável o número de notificações, o HUSM teve um salto de 56,19%, havendo também um aumento no número de DNC vigiadas (Tabelas 1 e 2). Nos anos anteriores a 2007 a razão de casos notificados entre HUSM e Santa Maria ficou abaixo de 20%, saltando para 31,51% em 2007 (Tabela 3).
Tabela 1 - Notificações - HUSM em 2006. Tabela 2 - Notificações - HUSM em 2007.  Impacto técnico: apesar do caráter não convocatório e partindo o convite do NVEH, um excelente nível de participação foi atingido nas oficinas, tanto pelos demais serviços de vigilância quanto pela direção do HUSM e serviços de apoio (laboratório, farmácia, pronto-socorro e informática). As seguintes etapas de DG, IT e PT distribuíram-se ao longo das quatro oficinas:
DG: uma dinâmica de cadeia de transmissão do HIV foi utilizada para fundamentar a importância da vigilância. Através de uma DG de apresentação operou-se a fase de reconhecimento de forma pessoal e informal. DG de confiança (queda livre e João-bobo – ver descrição em Dinâmicas) serviram para complementar esta etapa.
Foi realizada uma DG do caos (ver descrição em Dinâmicas), onde representantes dos serviços de vigilância, da direção e dos serviços de apoio só podiam se comunicar através de poucos mensageiros (três) enquanto eram interpelados por seis outros atores distribuídos nos papéis de usuários, administradores e profissionais de saúde. Ao mesmo tempo, um problematizador emitia notícias de várias ocorrências (surtos, fechamento de leitos, acidentes de trabalho, epidemias) que gradativamente pioravam.
IT: através da direção, foram reforçados os conceitos relativos ao Sistema Único de Saúde, na seqüência, “Redes: conceitos e experiências” com a participação de um sanitarista da rede básica. Por fim, cada serviço apresentou suas especificidades.
PT: através da discussão em grupo foi elaborado um consenso para os conceitos que permeiam a ação de todos os grupos como conceito, objeto e ferramentas de vigilância. A seguir foi definido um desenho da rede interna de vigilância no HUSM e suas relações externas (Figura 1).
As oficinas resultaram em reuniões mensais entre os serviços, e num evento conjunto no qual, através da assessoria do Curso de Bacharelado em Artes Cênicas, um grupo de 12 alunos dos cursos de enfermagem, farmácia e medicina, devidamente caracterizados, encenou, em meio ao público, a simulação de situações graves referentes a cada um dos serviços (ver descrição em Dinâmicas).
Impacto estrutural: com o advento das oficinas, a direção iniciou a criação da Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA, para congregar todos os serviços de vigilância numa área física comum, definindo um compromisso institucional (direção do HUSM e reitoria da UFSM) em termos de recursos humanos e insumos. No tocante ao NVEH, a área física ocupada passará de 10m2 em 2007 para 19m2 em 2008 e 26m2 em 2009, com maior disponibilização de equipamentos. (ver mais em Evolução do espaço físico)
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