Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar

Hospital Universitário de Santa Maria

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

História

Concluindo?

Presentes no dia-a-dia da Atenção Primária em Saúde - APS, como estratégias de educação e promoção de saúde, as DG parecem não encontrar espaço na rotina terciária. Foi grande o estranhamento dos integrantes das oficinas, que esperavam uma projeção de slides frente a cadeiras alinhadas, quando encontraram cadeiras dispostas num círculo de problematização (Freire,1987) e, além disso, foram convidados a circular e a trocar abraços na DG de rede de transmissão do HIV. Estranharam mais ainda quando avisados que os abraços representavam relações sexuais e que um dos “abraçantes” estava infectado.
Mais do que fundamentar a importância da vigilância, esta DG iniciou uma aproximação quase promíscua entre trabalhadores acostumados a clausura de seus nichos assépticos. Então, um pouco mais humanizados e acolhidos, os participantes passaram para a DG de apresentação, onde cada serviço teve que eleger um representante que apresentasse os demais, sendo utilizado um tom simples, informal e bem-humorado dado estrategicamente pelo primeiro grupo a se apresentar (NVEH).
Além de gerar mais aproximação, esta DG também possibilitou a detecção de tensões internas e problemas de comunicação a serem trabalhados. Por fim, as DG de confiança, com as brincadeiras de queda livre e joão-bobo (a pessoa fecha os olhos e se deixa cair, certa que os componentes de seu grupo irão segurá-la) mostraram que, se era possível rir e brincar juntos, também o seria trabalhar e produzir juntos.
Realizada na segunda oficina, após a IT sobre SUS e antes da IT de redes, a DG do caos evidenciou o desconhecimento, por parte de vários atores chave, dos fluxos de encaminhamento, tanto em situações mais corriqueiras quanto em casos mais graves e a necessidade da formação de uma rede interna de vigilância.
Neste ponto, o contato com a experiência da APS, onde as redes acontecem quase que espontaneamente, trazida por um sanitarista, foi de suma importância, pois visualizadas as deficiências foram apresentadas as ferramentas de resolução. O desenho da rede de VS do HUSM, produzido na seqüência e após a apresentação de cada serviço, ocorreu de forma natural e fácil.
O vínculo entre pessoas (e serviços), estava formado. Reconhecimento e conhecimento feitos partiu-se para a colaboração. A apresentação dos seis serviços de VS do HUSM ao seu público alvo (acadêmicos, professores e profissionais) foi realizada na forma de uma mesa redonda interativa, inserida num evento de abrangência municipal organizado pelo Pronto Socorro, tendo como bônus a integração dos alunos ao processo.
Os ganhos atingidos com os impactos epidemiológico e estrutural foram conseqüências diretas do impacto técnico. O investimento no fator humano e na formação da rede, tanto incrementaram as notificações da VE como criaram uma identidade de VS no hospital, ou seja, houve cooperação, pois um problema comum havia sido identificado. O nível de associação foi atingido quando o corpo diretivo formalizou o processo com a criação da COVISA.

Logo, não estamos concluindo, apenas começando... (veja mais em evolução do espaço físico)

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