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UNIFESP: 58% DAS FAMÍLIAS COM DEPENDENTES BANCAM TRATAMENTO

Pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostra que o tratamento de dependentes químicos é, na maioria das vezes, financiado pelos próprios familiares. O trabalho entrevistou 3.142 famílias de todo o País que tinham entre seus integrantes usuários em tratamento. Desse grupo, 58% pagavam do próprio bolso a internação dos pacientes. O trabalho revelou ainda que o impacto da terapia afetou de forma drástica ou fortemente quase metade dos entrevistados (45% deles). "Com o estudo, quisemos dar voz a essas famílias, que também sofrem com essa doença crônica, mas estão esquecidas, sobretudo pelos serviços públicos", afirmou o coordenador do trabalho, o psiquiatra da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas, Ronaldo Laranjeira. Atualmente, 28 milhões de pessoas vivem no Brasil com um dependente químico. "É um problema muito próximo de todos nós. Mas, ao mesmo tempo, poucos dão a importância devida", completa.

URUGUAI: LEGALIZAÇÃO DA MACONHA AVANÇA NO SENADO

A comissão de Saúde do Senado do Uruguai aprovou o projeto de lei que irá permitir e regular o mercado de maconha no país, deixando a medida a apenas um passo de sua aprovação definitiva.Apesar da resistência de educadores, psiquiatras e farmacêuticos, a iniciativa segue agora para ser votada no plenário do Senado, última etapa antes da aprovação formal. Segundo o presidente da Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada, a votação final em plenário deve acontecer em 4 ou 5 de dezembro. O Uruguai será o primeiro país a regulamentar o mercado de maconha, desde sua produção até a venda ao público.O projeto recebeu objeções na Comissão de Saúde, entre elas a do delegado da Administração Nacional de Educação Pública Néstor Pereira. Ele indicou que o consumo da erva "tem relação com reprovações escolares, problemas de conduta e sintomas depressivos". A Sociedade de Psiquiatria do Uruguai evitou se manifestar a favor ou contra o projeto, mas deixou claros seus receios sobre o que pode acontecer quando se aprovar a abertura do mercado de maconha. "Continuamos preocupados com a minimização do risco ligado à maconha. A lei pode dar a impressão de que esta é uma droga inofensiva", diz em documento. O deputado socialista Julio Bango, um dos autores da iniciativa, disse à Associated Press dias atrás que não busca liberalizar o consumo, mas regulamentá-lo. "Hoje o mercado é dominado pelo narcotráfico. Queremos que o Estado o domine"

MAIOR DOSE DE ONDANSETRONA É EFICAZ PARA TRATAR ALCOOLISMO

A ondansetrona, substância comumente utilizada para evitar náusea em pessoas que estão sob quimioterapia, teve sua eficácia testada no tratamento de dependentes de álcool. Em estudo realizado no Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o médico João Maria Corrêa Filho verificou sua ação em dose maior do que vem sendo utilizada e comprovou o retardamento do consumo de álcool, além da redução de sintomas de depressão e do desejo pelas bebidas alcoólicas. Ele também descobriu quais são os fatores que tornam o abandono do tratamento mais propício. A ondansetrona atua como antagonista do receptor da serotonina, substância envolvida com a sensação de prazer promovida pela bebida alcoólica. Assim, “esse antagonismo faz com que o prazer que poderia sentir ao se ingerir a bebida diminua”, explica Corrêa Filho, que testou a dose de 16 miligramas (mg) por dia, usada atualmente apenas para tratamento de enjôo. Esta dosagem diária é maior do que a aplicada anteriormente – 4 microgramas a cada quilo do paciente (mcg/kg) – e surtiu efeito nos pesquisados em relação aos medicados com placebo. Os dependentes medicados com o fármaco demoraram mais a ingerir o primeiro gole de bebida alcoólica (54,7 versus 40,9 dias, em média, a partir do início do tratamento) e a ter o primeiro consumo intenso (58,4 versus 45,4 dias, em média). Além disto, a pesquisa descobriu que a dose de 16 mg testada, além de diminuir o prazer na bebida, chegou a melhorar sintomas depressivos dos testados, bem como a reduzir o desejo de consumir álcool. A pesquisa foi feita de 2007 a 2010 com 102 alcoolistas, com idade entre 18 e 60 anos, que buscaram tratamento para a dependência no IPq. Metade deles recebeu placebo e a outra metade, as 16 mg da ondansetrona, divididas em duas doses diárias, por via oral. A medicação foi acompanhada de entrevistas sobre os sintomas depressivos e técnicas motivacionais, exames para avaliar o consumo ou não de álcool, conversas com a família e de encontros no grupo Alcoólicos Anônimos (AA).

PLENÁRIO DA CÂMARA APROVA NOVA LEI ANTI-DROGAS

O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira o substitutivo do deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) para o Projeto de Lei 7663/10, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que muda o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Sisnad), para definir condições de atendimento aos usuários, diretrizes e formas de financiamento das ações. O PL prevê a internação compulsória de dependentes químicos e o aumento das penas para tráfico de drogas.

Departamento de Fisiologia e Farmacologia
Universidade Federal de Santa Maria
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